sexta-feira, 30 de abril de 2010

Diretor de futebol admite má fase de Ronaldo, mas pede apoio ao 'gênio'

Para Mário Gobbi, que acredita na classificação corintiana na Libertadores, a mera presença do Fenômeno em campo cria dificuldades para os rivais



A derrota para o Flamengo, na partida de ida das oitavas de final da Taça Libertadores, no duelo particular entre Ronaldo e Adriano, deu destaque a um problema que já era aparente no Corinthians: a queda de rendimento do Fenômeno, que só balançou as redes cinco vezes, em 15 jogos disputados na atual temporada. O diretor de futebol corintiano, Mário Gobbi, admite que o desempenho do atacante é inferior ao de 2009, mas freia as críticas ao jogador, a quem chama de gênio. O dirigente ressaltou a movimentação do camisa 9 no Maracanã, apesar da forte chuva.

- Ronaldo é um ser humano, e tem momentos bons e ruins dentro e fora de campo. Não conseguimos que ele chegasse ao nível que chegou no ano passado, mas nós estamos trabalhando, ele vai chegar a este nível. Ele teve uma melhora, se você tiver o foco na movimentação dele, vai notar que, num campo como estava o Maracanã, ele nunca se deslocou tanto quanto na partida de quarta-feira. Ele é um gênio e temos que dar apoio. Ele está treinando para isso e vai atingir o que a gente quer. É uma questão de paciência, as coisas não são tão simples assim como as pessoas pensam – disse Gobbi, em entrevista à rádio “Jovem Pan”.

Para Gobbi, a mera presença de Ronaldo em campo - deslocando marcadores e criando condições para seus companheiros armarem jogadas – conta como um trunfo da equipe do técnico Mano Menezes.

- O Ronaldo em campo, só ele, leva dois marcadores junto. O deslocamento dele abre espaço para que outros façam a jogada, a visão não é tão explícita como parece ser. Sabemos que temos que evoluir e estamos fazendo de tudo para isso. Tenho convicção plena que veremos algo muito melhor e diferente no Pacaembu.

Apesar da defesa ao ídolo, o dirigente não descarta a possibilidade de o Fenômeno ser barrado do time titular e garante que a diretoria não terá interferência no trabalho da comissão técnica.

- Em tese, qualquer jogador pode ficar no banco, quem decide isso é a comissão técnica e o treinador. Os profissionais do Corinthians conduzem a parte tática e técnica do grupo. Eles decidem, a administração do clube não se envolve nisso.

Sem esperar mudanças na equipe para o jogo decisivo contra o Fla no Pacaembu, Gobbi reforça que a meta corintiana no ano é a conquista inédita da Taça Libertadores.

- A porta do navio está fechada, e o destino final é a Libertadores. Falar não resolve, tem que pegar o barco para sair dessa maré revolta. Não dá tempo de mudar nada, não queremos mudar nada, o grupo é excelente, a comissão técnica também, o jogo não terminou. Temos que trabalhar muito, ter humildade e serenidade, e procurar a vitória - concluiu.

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